Eu estava com muito dúvida em relação a qual imagem escolher. Acho meio complicado escolher o melhor em algo, porque escolher o melhor significa, para mim, restringir tudo a um único símbolo perfeito e nós, seres humanos, estamos em constante mudança, portanto uma escolha minha agora pode não ser a mesma daqui a 1 segundo.
Diante desse dilema escolhi essa obra de Joan Mitchell por causa de suas intenções: esta obra - que nem título tem - tenta estabelecer um diálogo com leitor por meio justamente da falta de sentido, tenta levá-lo a ter sua própria interpretação da imagem, tenta acalmá-lo por meio de um hiato na comunicação - um tempo livre. A únicas coisas concretas nesta obra são suas cores, seu movimento, seu caos repentino, como se as pinceladas tivessem acontecido ao acaso.
Joan Mitchell é uma artista americana da segunda geração do expressionismo abstrato. Ela pintava pra buscar o vazio; pintava tambem, creio eu, pra preencher um espaço dentro de si.
José Yuri
Ps: utilizei a expressão "leitor" ao invés de expectador/observador, porque mesmo sem ter uma gramática visual explícita, essa obra não deixa de ser um texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário