Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) morreu com apenas 37 anos, porém ele viveu intensamente. É impossível associar sua obra a qualquer tendência do final do século XIX, pois desde cedo seu talento firmou-se como independente e original. Toulouse-Lautrec registrou em suas telas a vida urbana e agitada de Paris de uma forma inconfundível. Os parisienses que interessavam a ele eram artistas de circo, dançarinas, frequentadores dos bares e cabarés, prostitutas e pessoas anônimas. E o pintor soube registrar, com detalhes, os traços mais significativos dessas pessoas e de seus ambientes.
O que caracteriza a pintura de Toulouse-Lautrec é a sua capacidade de síntese, o contorno expressivo das figuras e a dinâmica da realidade representada. Quanto a temática, seus quadros se afastam da natureza e voltam-se para os ambientes interiores (circo, bar, bordel). A natureza, quando aparece, é apenas um cenário, pois não merece do pintor o mesmo cuidado com que procura recriar o drama pessoal de seus contemporâneos.
O estilo de Toulouse-Lautrec, revelou-se apropriado para desenvolver um tipo de arte muito específico: o dos cartezes e pôsteres publicitários. Antes de Lautrec, os cartazes eram criados apenas com a finalidade informativa, com muitos textos e sem preocupação com as imagens. Com seus cartazes, o pintor inaugurou uma nova forma de publicidade: a que procura conquistar o público por meio de imagens coloridas e atraentes, e de textos curtos e criativos, que fixam a informação principal na memória do público. É assim no cartaz a cima, em que anuncia a representação de La Goulue, dançarina conhecia na época. O cartaz chama a atenção do observador pela repetição de palavras, um recuso inovador para a época.
Moulin Rouge é o nome de uma casa de espetáculos e dança inaugurada em Paris em 1889 que era frequentada pelos franceses e estrangeiros mais ricos que procuravam divertimento, assistindo bailarinas e cantoras, e também participando das danças.
Bruna Carrilho
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