Na pintura há uma mulher de rosto sereno com um bebê, vistos como uma fonte de vida, mas se contrapõe à figura de decadência e morte à esquerda. Mãe e filha parecem estar envolvidas por um manto, enquanto a anciã se encontra fora dele, completamente desprotegida. A cabeça inclinada da velha reforça a sensação de solidão e desespero diante da proteção, carinho e esperança da mãe e da menina, ao mesmo tempo que todas as personagens se inclinam perante a passagem do tempo.
Klimt mantém a beleza única de suas mulheres na mãe e filha, mas o realismo na anciã impressiona. Pode-se observar os detalhes das rugas, as artérias e a tonalidade de pele (que parece realmente frágil e flácida devido a chegada da velhice). Também chama a atenção as cores fortes e figuras geométricas no fundo, característica do pintor, mas agora com áreas negras, sem muito dourado. Além disso, apesar da nudez, há a ausência da sensualidade da mulher retratada em outras obras.
Este é um quadro que nos faz refletir sobre a forma de vida que levamos. Em busca da beleza, não aceitamos a chegada do tempo, sempre tentando retardar a velhice, principalmente quanto às mulheres, que seguem um padrão de beleza londe de ser natural.
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