segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escher - Relativity.


"Tão importante quanto aprender Artes, é aprender com as Artes."

Maurits Cornelis Escher autor dessa imagem acima que chama-se "relativity".

Escher buscava representar o espaço, que é tridimensional, num plano, como uma folha de papel. Todos esses pequenos detalhes nos aguçam a pensar entre a razão e os sentidos. Ao analisar seus desenhos chegamos a um ponto em que: ou tentados descobrir sua obra de uma forma racional, ou apenas sentimos seus efeitos.
Isso pra mim é a verdadeira maneira real de se entender uma arte. Sentir seus efeitos e esquecer sua forma racional, pois o efeito sinestésico que ela me trouxe, nunca será o mesmo que ela fará em você e nem a quem a representou.

Para a arte não existe uma explicação concreta, é mais ampla que isso. Arte nos faz buscar nossos vários "EU" dentro de nós e trazer isso a tona em nosso olhar. Ela nos instiga buscar além do obvio. Ela nós diz por entrelinhas.

Se formos para um parâmetro mais além, ao analisar essa obra, percebemos várias escadas, cada uma levando para um caminho, todas interligadas no mesmo lugar. Cada pessoa realizando uma ação. Seria para mim, o mundo. Uma pequena representação de nossa sociedade. Cada um em seu caminho, desempenhando seu papel, mas todos trabalhando em mutualismo. Para que aquele mundo evolua, precisamos de todos ali desempenhando seu papel.

Também podemos levar para outra visão, o dessa imagem relacionada com o mito da “caverna de Platão”, para explicar melhor, peguei um trechinho de um texto da internet:

“Com essa metáfora – o tão justamente famoso Mito da Caverna - Platão quis mostrar muitas coisas. Uma delas é que é sempre doloroso chegar-se ao conhecimento, tendo-se que percorrer caminhos bem definidos para alcançá-lo, pois romper com a inércia da ignorância (agnosis) requer sacrifícios. A primeira etapa a ser atingida é a da opinião (doxa) quando o indivíduo que ergueu-se das profundezas da caverna tem o seu primeiro contanto com as novas e imprecisas imagens exteriores.

Neste primeiro instante ele não as consegue captar na totalidade, vendo apenas algo impressionista flutuar à sua frente. No momento seguinte, porém, persistindo em seu olhar inquisidor, ele finalmente poderá ver o objeto na sua integralidade, com os seus perfis bem definidos.

Ai então ele atingirá o conhecimento (episteme). “Esta busca não se limita a descobrir a verdade dos objetos, mas algo bem mais superior: chegar à contemplação das idéias morais que regem a sociedade - o bem (agathón), o belo (tokalón) e a justiça (dikaiosyne).”

Então podemos concluir, através dessa imagem com o mito da caverna de Platão que aquelas pessoas vivem ali dentro, e vivem cercadas por sombras (que seria o mundo fora daquele local)

Para que possamos analisar cada detalhe dessa imagem, deixo para vocês um vídeo em 3D:








E pra quem não conhece esse autor, tenho aqui algumas referências:


* Matt Groening, criador de Os Simpsons, utilizou uma referência à Escher em sua tira Life in Hell. Em sua paródia à obra Relativity, coelhos desenhados caem de escadas em ângulos impossíveis. Groening posteriormente usou a mesma situação cômica em um episódio de Futurama. Quando jovem, o autor costumava colecionar pôsteres de Escher.
* Um episódio de Os Padrinhos Mágicos mostra em seu título um design similar à obra Drawing Hands.
* Em um episódio de Family Guy, Stewie e Brian compartilham um quarto no qual Stewie coloca na parede uma gravura de Relativity, o qual ele chama escadas loucas. Ele então a quebra enquanto joga frisbee.
* A fase bônus do jogo Sonic, do Sega Mega Drive, contém uma animação de pássaros se transformando em peixes, uma clara referência à Sky and Water.
* O jogo Lemmings, da produtora Psygnosis, possui um nível chamado Tributo a M.C. Escher, ainda que ele não apresente um cenário ao estilo do autor.
* A figura de um grande olho com uma caveira em sua íris aparece na parede do quarto de Donnie Darko.
* O videoclipe da canção Around the World, do grupo Daft Punk, dirigido por Michel Gondry, é baseado na obra Encounter.
* O videoclipe da música Drive, do grupo Incubus, é baseado em Drawing Hands, começando com uma mão animada desenhando um pedaço de papel e uma segunda mão, para então formar a própria obra de Escher. Também mostra a mão desenhando o vocalista da banda Brandon Boyd.
* No filme "Labirinth" (Labirinto - A Magia do Tempo), com David Bowie no papel principal (Jareth), há uma cena nitidamente inspirada em "Relativity", de 1953.
* A abertura da novela brasileira Top Model, é inspirada da obra "Relativity", que mostra várias escadas, de diversos ângulos, em um mesmo lugar.
* O filme A Origem (Inception) utiliza repetidamente a idéia de paradoxos geométricos, inclusive com escadadas retorcidas como em Relativity.
* O videoclipe da música "Laughing with" da cantora Regina Spektor utiliza em sua cena inicial as escadas retorcidas de "Relativity". Assim como o videoclipe "Samson" também da cantora, tem uma abertura inspirada nos pássaros de "Sky and Water"

Mais tarde ele foi considerado como um grande matematico ( Geometrico)


Priscila Schmidt Andreatta

3 comentários:

  1. Minha paixão é o M.C.ESCHER! Ele tem imagens magníficas e inspiradoras. Minha favorita é a série Metamorphosis III 1967-1968.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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